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Um grupo de paleontólogos portugueses fez uma descoberta que vem «alterar aquilo que a comunidade cientifica pensava sobre a origem dos crocodilos a nível mundial».
A descoberta do "Portugalosuchus azenhae, "uma espécie com cerca de 95 milhões de anos, encontrada em Tentúgal (Montemor-o-Velho)".
De acordo com o estudo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Coimbra, a descoberta desta nova espécie «mostra que os verdadeiros crocodilos são 20 milhões de anos mais antigos do que se pensava».
«Os répteis semelhantes a crocodilos, os crocodilomorfos, existiam desde os primórdios da era dos dinossauros mas os verdadeiros crocodilos, pertencentes ao grupo dos Crocodylia, aparecem apenas no final dessa era. E agora, 20 milhões de anos mais cedo»
O fóssil descoberto em Tentúgal (Montemor-o-Velho) «baseia-se num crânio e na mandíbula inferior e tem vários caracteres nunca vistos em nenhuma outra espécie», o que levou os especialistas a assumir que se trata de uma espécie nova.
Este exemplar português é, portanto, «a única espécie deste tipo bem documentadas e válidas naquela idade geológica, na Europa, e o representante mais antigo de Crocodylia conhecido até agora, ajudando a preencher uma lacuna no registo fóssil».
O crânio foi encontrado por Matilde Azenha, que agora é homenageada com o nome de espécie ‘Portugalosuchus azenhae’, o fóssil recolhido em Tentúgal, estará em breve em exibição no Museu da Lourinhã. O estudo foi publicado na revista científica ‘Zoological Journal of the Linnean Society’.
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