FIGUEIRA DA FOZ
A Polícia Marítima da Figueira da Foz desenvolveu, desde o início de 2018, várias missões de fiscalização e combate à captura ilegal de meixão (enguias em estado larval), na sua área de jurisdição do rio Mondego.
No decurso destas operações, designadamente nos dias 3, 17 e 18 de Janeiro, foram detectadas e capturadas seis redes de meixão de largas dimensões a montante da Ponte Engenheiro Edgar Cardoso, contendo no seu interior um total de 6 Kg daquela espécie. Os exemplares, por se encontrarem vivos foram devolvidas ao rio, bem como centenas de outras espécies juvenis imaturas, constituindo esta actividade um crime de danos contra a natureza.
Para além das seis redes capturadas na água, foram ainda apreendidos diversos apetrechos para captura de meixão nas margens do rio, abandonados pelos prevaricadores, que se puseram em fuga ao se aperceberem da chegada da Polícia Marítima. Todo o material apreendido foi transportado para o Comando-local da Polícia Marítima, onde se procedeu à elaboração dos respectivos autos.
O meixão é uma espécie de enguia europeia que se reproduz no Mar dos Sargaços e que suporta variações acentuadas do nível de sal na água, que cresce no rio e desova no mar. Os adultos migram para o Mar dos Sargaços morrendo após a reprodução, sendo que as larvas regressam às zonas costeiras onde se metamorfoseiam em enguias de vidro (Anguilla anguilla), que migram para as águas interiores onde crescem.
A pesca do meixão no rio Mondego é uma actividade proibida, enquadrando-se no crime de danos contra a natureza previsto no artigo 278.º Código Penal, agravado pela alteração introduzida pela Lei 81/2015, de 3 de Agosto, com o aumento da moldura penal de 3 para 5 anos prisão. Segundo comunicado da Autoridade Marítima Nacional.
Fotografias da Autoridade Marítima Nacional:
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