DESPORTO
Joel Perpétuo
Joel Perpétuo
Em 2011 havia uma Naval na 1.ª Liga, hoje há duas Navais nos Distritais de Coimbra.
No ano de 2004/2005 a Figueira da Foz festejou a subida da Naval 1.º de Maio à primeira liga, e até 2010/2011, o conjunto figueirense esteve entre os "grandes" do futebol nacional, mas nesse ano iniciou-se uma queda vertiginosa do clube que está hoje nos Distritais de Coimbra (a última vez que a Naval esteve no campeonato distrital foi em 1965).
Na origem da queda do clube está uma rotura financeira, que complicou as contas ao clube, obrigando este a contrair vários PERs (Processo Especial de Revitalização), levando a Naval até a uma situação bastante delicada.
Enquanto a situação do clube foi piorando, algumas divergências entre sócios e secionistas levou à criação de uma nova equipa: a Naval 1893, a qual vai ser presidida por Paulo Bispo, um ex-atleta do clube, e a equipa de seniores irá participar na 1.ª Divisão Distrital da AFC (Associação de Futebol de Coimbra), orientada pelo técnico João Pereira.
Existem agora duas Navais na Figueira da Foz, a Associação Naval 1.º de Maio- SAD, a qual vai continuar sob a égide de Aprígio Santos, terá a equipa sénior inserida na Divisão de Honra da AF Coimbra, orientada pelo técnico José Dinis.
Em declarações à Foz ao Minuto, Paulo Bispo novo Presidente do clube, prometeu «devolver à cidade e ao Concelho da Figueira da Foz, um clube, que seja organizado, credível e que esteja ao serviço do associativismo», elucidando que «os clubes existem porque graças aos sócios, e são precisamente estes a grande "mola dos clubes", como tal, pretende-se que a Naval 1893 seja um clube à imagem dos seus associados e represente condignamente o Concelho».
O clube vive uma situação bastante delicada, o dirigente explicou «que não houve assembleias, não houve reuniões, não houve demonstração de resultados, portanto não houve associativismo», não se alongando muito a falar do passado do clube, falando sim do futuro. «Os objectivos do clube passam por proporcionar uma participação condigna para o concelho da Figueira da Foz, na qual os jovens que tem sido formados tenham a possibilidade de jogar num clube com regras, disciplinado e com a filosofia da Naval 1.º de Maio de outros tempos, ou seja, um clube virado para o Concelho e para a formação, que seja também humilde e dos sócios». Explicou o dirigente.
«Antigamente a Naval era um clube ecléctico, e vai agora além do futebol vai apostar nas modalidades, que serão colocadas em prática, nomeadamente o futsal, e outras que sejam também possíveis, neste momento o clube está a dar os primeiros passos não se pode falar de muitas modalidades numa primeira fase, porém a meta do ecletismo está traçada, e foi justamente essa no passado a "força e arma" da Naval 1.º de Maio». Acrescentou o líder do clube.
Em relação à nova direcção, todos os membros são ex-atletas da Naval 1.º de Maio, ou antigos dirigentes provenientes da formação.
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