Por Joel Perpétuo
Originários da América do Sul, os jacintos de água que foram introduzidos em Portugal como plantas ornamentais em meados dos anos 30 do século XX e rapidamente transformaram-se numa ameaça séria para o ecossistema de rios e lagoas, chegaram em grande quantidade ao braço sul do Mondego, numa invasão que deixou o portinho da Cova-Gala coberto com esta planta, e que poderá repetir-se novamente.
Estas plantas invasoras criam uma espécie de tapete flutuante que muitas vezes cobre totalmente a superfície da água, o que faz com que a luz incidente seja reduzida, diminuindo assim a qualidade da vida aquática e levando na maioria dos casos à morte de animais e plantas.
Preocupados com a situação estão os pescadores da freguesia de São Pedro em declarações a este jornal explicaram «que caso os "jacintos" continuem aparecer em grande quantidade em Janeiro (altura em que começa a época da Lampreia) será complicado trabalhar, uma vez que as redes ficam cheias (com as plantas) e exercem muita força nas mesmas, e dificulta bastante o trabalho».
Também em relação à navegação consideram que «é perigoso para os motores e reduz a visibilidade, principalmente para quem navega de noite».
Os Pescadores estão preocupados com a situação
Preocupados com a situação estão os pescadores da freguesia de São Pedro em declarações a este jornal explicaram «que caso os "jacintos" continuem aparecer em grande quantidade em Janeiro (altura em que começa a época da Lampreia) será complicado trabalhar, uma vez que as redes ficam cheias (com as plantas) e exercem muita força nas mesmas, e dificulta bastante o trabalho».
Também em relação à navegação consideram que «é perigoso para os motores e reduz a visibilidade, principalmente para quem navega de noite».
Também na última Reunião de Câmara, o assunto foi abordado
Na última reunião de Câmara, o vereador Ricardo Silva (PSD) questionou João Ataíde, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) sobre esta praga, e o que está a ser feito para a resolver.
O autarca figueirense explicou que este problema «tem origem num braço do Rio Mondego entre o concelho da Figueira da Foz e Montemor-o-Velho, junto á Ereira». Acrescentando que têm sido feitas sucessivas limpezas que «as quais se têm revelado inúteis».
«A maior parte dos jacintos costumam nascer e desprender-se do leito para água, não conseguimos resolver o problema, na altura abordamos o Ministério do Ambiente e não foi adiantado nenhum meio que consiga resolver esta proliferação de jacintos, que passará muito pelo tratamento daquele braço (já referido), que é a grande encubadora de jacintos». Acrescentou o edil figueirense, que também referiu estar neste momento a ser feita «uma recolha articulada com o Porto da Figueira da Foz e com a autoridade marítima».
«A maior parte dos jacintos costumam nascer e desprender-se do leito para água, não conseguimos resolver o problema, na altura abordamos o Ministério do Ambiente e não foi adiantado nenhum meio que consiga resolver esta proliferação de jacintos, que passará muito pelo tratamento daquele braço (já referido), que é a grande encubadora de jacintos». Acrescentou o edil figueirense, que também referiu estar neste momento a ser feita «uma recolha articulada com o Porto da Figueira da Foz e com a autoridade marítima».
O vereador Miguel Babo (PSD) indagou João Ataíde, se este como Presidente da CIM (Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra) não podia ter feito uma articulação com Montemor-o-Velho para resolverem o problema.
O Presidente da Câmara respondeu explicando que «não se trata de um problema da CIM mas sim um problema do Ambiente, para o qual não haverá solução imediata que não seja determinada pela Agência Portuguesa do Ambiente em relação ao já referido braço, e não há nenhuma estratégia para o mesmo problema, se eu tivesse uma solução que pudesse impor de forma à APA eu faria, mas não tenho, e isto é uma praga que está assolar o rio».
O vereador Carlos Tenreiro também interveio na matéria alertando para a possibilidade dos "jacintos" «poderem entrar nas hélices dos motores dos barcos e nas embarcações» exigindo também «uma atitude mais enérgica da CMFF, que fosse concretizada»
João Ataíde acrescentou que «o ano passado foi feita uma limpeza acentuada na zona territorial, e onde foram gastos cerca de 30 mil euros, e a intervenção» explicando novamente que é um mar de jacintos que vem por aí abaixo, é uma praga que assola todo o país, se houvesse uma forma objetiva e ponderada, que eu pudesse solicitar à APA eu assim faria»
Terminou justificando que algumas das pragas recentes vêm das alterações climáticas, que provocam o aumento da temperatura das águas, e por isso é um problema que cabe a todos, não há aqui uma varinha mágica que permite resolver rapidamente e de uma forma tecnicamente satisfatória e sustentável este problema.
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