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De 24 a 30 de Abril, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica assinala a Semana Europeia da Vacinação, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) que pretende aumentar a notoriedade das vacinas e reforçar a percepção da opinião pública sobre a importância e os benefícios da vacinação. A edição de 2019 – sob o mote “Prevenir, Proteger, Vacinar” – homenageia todos os que contribuem para proteger vidas através da vacinação: os investigadores que desenvolvem vacinas eficazes e seguras, as autoridades que contribuem para um acesso equitativo à vacinação, os profissionais de saúde que administram as vacinas, os pais que optam por vacinar os seus filhos, e todos os que partilham informações baseadas na evidência científica sobre vacinas. A OMS considera as vacinas “uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna”, ao evitarem entre 2 a 3 milhões de mortes por ano, o que se traduz em importantes ganhos em termos de saúde pública, como foi o caso da erradicação da poliomielite em muitas partes do globo e da varíola no mundo. Para além de salvarem vidas, os programas de vacinação com uma implementação sustentada e em grande escala, como é o caso do Programa Nacional de Vacinação (PNV) em Portugal, são um dos investimentos mais custo-efectivos na área da Saúde Pública. Segundo a OMS, os programas de vacinação representam em média menos de 0,5 por cento do orçamento anual para a Saúde e permitem aliviar pressão no Sistema e no orçamento da Saúde através da prevenção, possibilitando a alocação de recursos para outras áreas e investir em inovação médica. Os vírus e bactérias não respeitam fronteiras, assistindo-se a surtos de sarampo na Europa que alastraram de um país para o outro. Em 2018 o sarampo causou a morte de 72 pessoas na Europa, sendo que o número de infectados o ano passado é o maior da década. Segundo a OMS, cerca de 82.000 pessoas contraíram esta doença infecciosa em 47 dos 53 países da região.
Este surto está directamente relacionado com o facto de, em 2017, 34 países da geografia europeia registaram uma cobertura da segunda dose da vacina do sarampo abaixo dos 95 por cento, o nível a partir do qual a OMS considera estar assegurada a prevenção da transmissão do sarampo e de outras doenças infecciosas. Neste contexto, a prevenção deve ser mantida e reforçada pois a transmissão global e o reaparecimento de doenças habitualmente consideradas como controladas na Europa, é uma preocupação permanente.
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