
EDUCAÇÃO
Na passada terça-feira, dia 30 de Janeiro, cinco ex-alunas regressaram à Escola Joaquim de Carvalho, para, no âmbito do Projecto-Piloto “Engenheiras por um Dia”, partilharem a sua experiência nesta área do saber.
Na sequência da parceria estabelecida com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o Instituto Superior Técnico (IST), e a Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), a Escola Joaquim de Carvalho tem vindo a desenvolver diversas iniciativas com o objectivo de combater a segregação das ocupações profissionais em razão do género, e, sustentado numa nova legislação, agir na identificação dos factores não escritos, decorrentes de estereótipos de género, presentes nas práticas das organizações.
Deste modo, as professoras responsáveis pelo Projecto-Piloto “Engenheiras por um Dia”, Anatilde Gomes e Júlia Seiça, dinamizaram, desta feita, esta palestra, destinada a cerca de 200 alunos do 11.º ano, de todos os cursos. Deram início à sessão três alunas, Mafalda Maia do curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (3.º ano), Inês Pina de Engenharia de Gestão Industrial (1.º ano) e Seomara Félix de Engenharia Física (1º.ano). Falaram sobre a percentagem de alunas em cada um dos cursos, da média de acesso exigida, do tipo de aulas ministrado, da adaptação a um novo meio e da mudança de rotinas, do relacionamento inter-pares, onde tradicionalmente predomina o género masculino.
De seguida, partilharam a sua experiência as Engenheiras Catarina Mota Lopes (Engenharia Mecânica) e Clara Moura (Engenharia Civil). Já com alguns anos de experiência profissional, tendo vivido em diferentes países, para além de Portugal, Inglaterra, Noruega e Gana, estas jovens Engenheiras deram conta da importância do tipo de preparação académica que tiveram, que lhes forneceu ferramentas e competências que lhes permitiram uma boa adaptação a diferentes culturas e realidades profissionais. Acima de tudo, deixaram o seu testemunho quanto à possibilidade de ter sucesso, sendo mulheres engenheiras, num mundo maioritariamente masculino, mesmo, no mundo do petróleo, quando assumem cargos de liderança em relação aos homens.
No final, a assistência interagiu com as palestrantes convidadas, colocando questões que evidenciaram o interesse suscitado pelas intervenções e, sobretudo, por esta temática.
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